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Caracterização imunofenotípica e molecular de subpopulações de monócitos em Neoplasias Mieloproliferativas (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: BASSAN, VITOR LEONARDO - FCFRP
  • Unidade: FCFRP
  • Sigla do Departamento: 602
  • Subjects: IMUNOFENOTIPAGEM; MONÓCITOS; MUTAÇÃO; NEOPLASIAS DA MEDULA ESPINHAL
  • Keywords: Immunophenotyping; Imunofenotipagem; JAK2V617F mutation; Monócitos; Monocytes; Mutação JAK2V617F; Myeloproliferative neoplasms; Neoplasias mieloproliferativas; Oncoinflamação; Oncoinflammation
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Neoplasias Mieloproliferativas (NMP) são desordens hematológicas clonais caracterizadas pela hiperproliferação e acúmulo de células mielóides precursoras e maduras na medula óssea e no sangue periférico. As NMP BCR-ABL1 negativas avaliadas, neste estudo, foram a Policitemia Vera (PV), Trombocitemia Essencial (TE) e Mielofibrose Primária (MF). A fisiopatologia destas doenças está associada à presença de mutações envolvendo os genes Janus Kinase 2 (JAK2), Calreticulina (CALR), receptor de trombopoetina (MPL) e alterações de complexos epigenéticos. Apesar da hematopoese desregulada nas NMP ser atribuída principalmente às mutações genéticas na célula-tronco hematopoética, anormalidades no sistema imune e nas células que compõem o microambiente medular parecem contribuir para a fisiopatologia destas doenças. Recentemente, as NMP foram consideradas doenças pré-leucêmicas oncoinflamatórias, visto que os pacientes possuem níveis de citocinas, quimiocinas e marcadores inflamatórios elevados no plasma e medula óssea, e, portanto, apresentam um estado de atividade inflamatória exacerbada, fator que contribui para a instabilidade genética e alterações cardiovasculares. As subpopulações de monócitos humanos, subdivididas em clássicos, intermediários e não clássicos, têm sido envolvidas na gênese e na modulação de condições inflamatórias crônicas, autoimunes e neoplásicas. Embora estudos evidenciem a presença de monocitose em pacientes com NMP, o perfil imunofenotípico dos monócitos nestas doenças ainda não foi elucidado. Nesse contexto, o presente trabalho caracterizou o perfil imunofenotípico e molecular dos monócitos do sangue periférico de pacientes com PV, TE, MF e indivíduos saudáveis. Os monócitos do sangue periférico foram isolados e submetidos à imunofenotipagem para determinação da frequência de subpopulações circulantes e dadensidade de expressão dos marcadores CD56, CD64, CD80/86 e HLA-DR. Foi quantificada a concentração plasmática do marcador CD163 solúvel por ELISA e o transcriptoma dos monócitos foi analisado "in silico". Em comparação aos controles, pacientes com PV, TE e MF apresentaram maior frequência de monócitos intermediários e não clássicos e menor frequência de monócitos clássicos. Foi identificada maior frequência de monócitos expressando HLA-DR nas três doenças, indicativo de alta ativação celular, ao passo que a expressão de CD80/86 foi menor nos monócitos de pacientes com PV e TE do que nos pacientes com MF e controles, indicando que, nestas doenças, parece haver menor estímulo do processo de coestimulação. A frequência de monócitos positivos para o marcador aberrante CD56 foi maior nas três NMP, principalmente na MF. A concentração plasmática de CD163, indicadora de ativação de monócitos, está elevada nos pacientes com PV, TE e MF. A análise do transcriptoma de pacientes com NMP revelou diferentes assinaturas imunológicas entre pacientes com PV, TE e MF, além de indicar a ativação de vias inflamatórias nos monócitos, possíveis alterações no metabolismo celular, na regulação da apoptose, atividades associadas à coagulação e ao estado pró-trombótico, à interação com neutrófilos e plaquetas, além de genes associados à atividade de interferons do tipo I e do tipo II. Em conjunto, os resultados obtidos sugerem que o aumento na frequência de monócitos intermediários e não clássicos contribui para o processo de oncoinflamação nas NMP. PV e TE compartilharam monócitos com perfis imunofenotípicos similares, marcados por alta ativação e menor potencial co-estimulatório. O aumento na frequência de monócitos CD56 positivos sugere a existência de um processo de imunovigilância mediado pelos monócitos nas NMP, visto que estas célulasestão associadas à indução da atividade citotóxica e resposta imune antitumoral. Em conclusão, os monócitos parecem ser influenciados pelas alterações fisiopatológicas desencadeadas pelo processo neoplásico nas NMP e podem ser considerados como potenciais alvos de investigação para intervenções farmacológicas nestas doenças
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.03.2022
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    • ABNT

      BASSAN, Vitor Leonardo. Caracterização imunofenotípica e molecular de subpopulações de monócitos em Neoplasias Mieloproliferativas. 2022. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-06042022-144252/. Acesso em: 02 jun. 2024.
    • APA

      Bassan, V. L. (2022). Caracterização imunofenotípica e molecular de subpopulações de monócitos em Neoplasias Mieloproliferativas (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-06042022-144252/
    • NLM

      Bassan VL. Caracterização imunofenotípica e molecular de subpopulações de monócitos em Neoplasias Mieloproliferativas [Internet]. 2022 ;[citado 2024 jun. 02 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-06042022-144252/
    • Vancouver

      Bassan VL. Caracterização imunofenotípica e molecular de subpopulações de monócitos em Neoplasias Mieloproliferativas [Internet]. 2022 ;[citado 2024 jun. 02 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-06042022-144252/


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